NOSSA VISÃO - OUR VISION
UMA IGREJA DE VENCEDORES
UMA IGREJA DE VENCEDORES
“NOSSO ENCARGO é edificar uma igreja de vencedores, onde cada membro é um sacerdote e cada casa uma igreja, conquistando, assim, a geração para Cristo, através das células”.
Este é o nosso “slogan”, a nossa declaração de propósito. A primeira parte dele diz que nosso encargo é edificar uma igreja de vencedores.
* O que é ser uma igreja de vencedores?
* É a igreja que cumpre o propósito de Deus.
* E qual é esse propósito?
* Ter um grupo de pessoas à Sua imagem e semelhança. Deus deseja que o homem seja enchido com Ele mesmo como vida a fim de expressá-Lo e tenha o Seu domínio para representá-Lo na terra.
O homem foi criado como um vaso para conter Deus dentro de si. Fomos feitos como uma luva para conter a Deus. A luva é imagem e semelhança da mão, mas a mão é a realidade da luva. Uma luva é criada conforme a semelhança da mão com o propósito de conte-la. Igualmente o homem foi criado à imagem de Deus, com o propósito de conter a Divindade.
Uma vez que o homem recebe a Pessoa de Deus como vida dentro de si mesmo, ele se torna um instrumento nas mãos de Deus. Para que o homem fosse usado como instrumento, Deus deu a ele a seguinte ordem:
Sede fecundos, multiplicai-vos, enchei a terra e sujeitai-a; dominai sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus e sobre todo animal que rasteja pela terra. Gn. 1:28
Crescer e multiplicar
A primeira ordem ao homem, na velha criação, foi para crescer e multiplicar-se. A mesma orem nos é dada, hoje, na nova criação. Todo nós recebemos a ordem de crescer e multiplicar (Mt 28.20; Mc 16.15). A diferença é que Adão se multiplicava como alma vivente; hoje, porém nós nos multiplicamos pelo espírito de vida (1 Co 15).
Uma igreja de vencedores, portanto, é aquela que cumpre o propósito original de Deus: crescimento e multiplicação; por isso, nossa visão exige multiplicar cada célula pelo menos uma vez por ano. Um líder vencedor é aquele que multiplica sua célula pelo menos uma vez por ano.
Sujeitar e dominar
Deus também disse para o homem domina, ou seja: deu-lhe a autoridade para exercer o domínio como se fosse o próprio Deus. Qualquer um que visse Adão saberia que ele representava Deus, pois, em tudo, era semelhante ao Criador.
Conserve em sua mente estas duas palavras: imagem e domínio. Porque eu tenho a imagem eu exerço o domínio. Imagem é para expressar (o próprio Deus) e domínio é para exercer autoridade (de Deus).
Todos nós precisamos lidar com o inimigo sujeitando-o em todas as esferas de nossas vidas (Mt 16.19; Mt 18.18; Rm 16.20). Sujeitar o inimigo significa vencê-lo em todas as circunstâncias e não deixá-lo levar vantagem em nenhum momento.
Quando sujeitamos e exercemos domínio, dizemos que estamos cumprindo a visão de que cada crente é um sacerdote. O sacerdote sujeita e domina através da oração e da autoridade no nome de Jesus.
Assim uma igreja de vencedores é aquela que cresce e se multiplica, mas que também exerce domínio porque possui a imagem de Deus em seu caráter.
Guarde o propósito duplo de Deus: primeiro ele quer ter o homem a sua imagem para exercer domínio, ou seja: ser um sacerdote; em segundo lugar Deus deseja que esse homem se multiplique. Uma igreja de vencedores tem a visão para conquistar a sua geração.
Não apenas salvos, mas vencedores
Sei que o entendimento comum no meio evangélico é que todo crente é um vencedor. De fato isto é parcialmente verdadeiro.
Em todas estas coisas, porém, somos mais que vencedores, por meio daquele que nos amou. Rm 8:31-37.
Na verdade, todo crente é legalmente um vencedor por causa da vitória de Cristo. Mas experimentalmente muitos vivem como derrotados. Os crentes vencedores cumprem o propósito de Deus, enquanto os crentes derrotados ignoram e desprezam o encargo de Deus para esta era.
Há uma diferença entre posição legal e posição experimental. Posição legal é aquilo que, por direito, é nosso. Legalmente, já somos mais que vencedores – Cristo já nos garantiu a vitória. Ele já pagou o preço da nossa Redenção na cruz e subjugou todos os principados e potestades. Ele venceu. E assim, porque estamos nele, nós também somos vencedores. A posição dele é a nossa posição também.
Entretanto, posição experimental é algo bem diferente. Tomar algo experimentalmente significa experimentar algo que já é verdade legalmente. Há muitos crentes que, legalmente são herdeiros de uma grande fortuna, mas, experimentalmente vivem numa miséria absoluta. Sendo filhos do Rei, vivem como se fossem escravos.
Em nossa igreja este slogan: “O nosso encargo é edificar uma Igreja de vencedores.” Vencedores são aqueles crentes que já experimentam, na prática, daquilo que lhes pertence legalmente. Uma coisa é ser salvo, outra é ser vencedor.
Apesar de todo crente nascido de novo ser um vencedor legalmente, sabemos que esta não é a experiência de todos. Na verdade existem muitos crentes que são derrotados.
Talvez, você não concorde com esta tese e me questione: “Você está dizendo que um crente derrotado é salvo?” Entenda isto: a condição para alguém obter a salvação é uma, enquanto a condição para o salvo tornar-se vencedor é outra. A salvação tem a ver com a vida eterna, que é um presente de Deus a todo aquele que crê: agora, tornar-se um vencedor é algo relacionamento com o galardão e o reinado milenar com Cristo. A salvação é alcançada mediante a fé; a recompensa, pelas obras que praticarmos diante de Deus. Obras estas na total dependência do Espírito Santo, e não por esforço próprio, pois nossas obras naturais de nada tem valor. (“Sim, deveras considero tudo como perda, por causa da sublimidade do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor; por amor do qual perdi todas as coisas e as considero como refugo, para ganhar a Cristo e ser achado nele, não tendo justiça própria, que procede de lei, senão a que é mediante a fé em Cristo, a justiça que procede de Deus, baseada na fé; para o conhecer, e o poder da sua ressurreição, e a comunhão dos seus sofrimentos, conformando-me com ele na sua morte; para, de algum modo, alcançar a ressurreição dentre os mortos.”)
A salvação – ter a vida eterna – é uma coisa; enquanto o reino – ser vencedor – é outra coisa. A recompensa é apenas para os vencedores. Você pode ter a vida eterna, você poder ter salvação e ainda assim viver como um derrotado. Essa é uma questão muito séria.
Poucos se importam com a questão da recompensa ou do galardão que receberemos diante de Deus. Ninguém se engane pensando que recebemos galardão por que aceitamos a Jesus. Galardão tem a ver com trabalho feito para Deus.
A grande recompensa dos crente será reinar com Cristo, durante o milênio, depois que Ele voltar. Mas deixe-me dizer-lhe algo: se você não está disposto nem mesmo a liderar uma célula, como poderá reinar com Cristo? Se não existe o desejo, o encargo de multiplicar a sua célula uma vez por ano, não haverá galardão algum.
Numa igreja de vencedores cada membro é um sacerdote e todos se dispõem a liderar uma célula multiplicando-a uma vez por ano. O sinal de que estamos atuando como uma igreja de vencedores é quando as células se multiplicam.
CADA MEMBRO UM Sacerdote
Cada membro um sacerdote
“NOSSO ENCARGO é edificar uma igreja de vencedores, onde cada membro é um sacerdote e cada casa uma igreja, conquistando, assim, a nossa geração para Cristo, através da células”.
Nossa visão é um encargo em nosso coração. Há uma diferença entre cargo e encargo. Cargo é a posição que as pessoas assumem dentro de uma organização. Encargo é um desejo profundo no coração, compartilhando por aqueles que fazem parte de um mesmo organismo. O encargo procede de um desejo profundo no coração. Cargos são posições que geram status; encargos são sonhos do espírito. Quem trabalha por cargo precisa ser supervisionado o tempo todo, não tem motivação para criar nada e só faz o que mandam; quem tem encargo está disposto a dar a própria vida pelo objetivo proposto.
“Existem dois tipos de líderes que não queremos em nossa igreja: aqueles que não fazem o que se manda e aqueles que só fazem o que se manda”1 . Os primeiros são ineficazes e os segundos possuem apenas o cargo, mas não o encargo. O tipo de líder que recebeu o encargo é aquele que não apenas faz o que se manda, mas vai além: ele cria, ele sonha e realiza além do que foi pedido. São homens que estão dispostos a verter sangue, suor e lágrimas, como dizia Winston Churchil.
O clericalismo
Mas existe um grande impedimento à visão de que cada crente é um sacerdote: é o clericalismo. O clericalismo é o sistema que surgiu dentro da igreja depois do quarto século que estabelece que na igreja há dois tipos de pessoas: os clérigos e os leigos. Aquelas especialmente dotadas e capacitadas são chamadas clérigos (São os sacerdotes, os reverendos, os doutores em divindades, etc). A outra classe, a dos ignorantes e incapazes, é chamada de leigos. O sistema de clérigos e leigos é totalmente maligno e uma grande ameaça, pois ele anula completamente o conceito básico do sacerdócio universal dos crentes, ou seja, a verdade de que cada crente é um sacerdote.
Infelizmente, na maioria das igrejas predomina o clericalismo, os membros não funcionam, tornaram-se letárgicos. O inimigo tem conseguido anestesiar os membros que não funcionem.
Em nossos dias há dois tipos de clericalismo. O primeiro é aquele em que os próprios clérigos se colocam acima dos leigos afirmando que são eles os que sabem, os que conhecem e portanto são incontestáveis. Chegam mesmo a proibir os membros de pregar, ensinar ou fazer qualquer outra coisa. Nesse ambiente, a única função dos membros, é ir à igreja e se assentar no banco olhando para a frente a fim de ouvir o pregador.
Certo artista plástico foi convidado a pintar um quadro, que fosse o retrato da Igreja. Surpreendentemente, ele pintou um monte de nádegas com dois olhos enormes por cima. Aquela tela, infelizmente, traduziu a realidade de muitas igrejas: um monte de nádegas com dois olhos esbugalhados. Os membros só sabem sentar-se e olhar para frente, nada mais.
O segundo tipo de clericalismo é conseqüência do primeiro. Nele o povo está tão acostumado à situação que contrata um pregador profissional – um funcionário do púlpito – e exige que ele faça a obra de Deus, enquanto os membros apenas dão o dinheiro. No primeiro caso o clero proíbe o povo de falar; no segundo, o povo se cala, deliberadamente, e contrata um profissional para expressar-se em seu lugar.
Cada crente é um sacerdote
Na maioria das igrejas, hoje, não há nenhum senso de Corpo de Cristo, ou estrutura onde os membros possam estar envolvidos de maneira funcional. Por causa disso, a maioria, por decisão pessoal, escolhe sentar-se nos bancos do prédio da igreja, disposta a não se envolver. Ao contrário dessa concepção, na visão de células não há como se omitir ou não se envolver! Estar na visão, é estar comprometido!
Crentes que não se envolvem, são crentes parasitas. Eles esperam ser mimados, ministrados e entretidos pela igreja. Em troca, são contabilizados na estatística e, eventualmente, dão uma oferta – ou algo parecido – para manter o “sistema”. Esse tipo de crente faz parte dos 85% dos membros que são carregados e ministrados pelos outros 15%2
Não há, na igreja convencional, nenhum contexto no qual o crente possa ser treinado a produzir, ao invés de consumir. Já na igreja em células, seus membros têm a oportunidade para desenvolver seus potenciais e se tornarem produtivos. Lamentavelmente, essa dinâmica não está sendo experimentada na maioria das igrejas cristãs, hoje. Muitos de seus membros freqüentam, fortuitamente, apenas as reuniões dominicais e não se dispõem e envolver-se nos programas de atividades de suas igrejas. Consequentemente, transformam-se apenas em mais um dado estatístico do Relatório Anual de Atividades da Igreja “X”, onde figuram no gráfico dos “esquentadores de bancos”, ou no dos “contribuintes do Sistema”, ou no dos espectadores sem importância.
O sistema de Jesus foi projetado para resultar em produtores, e não em consumidores ou parasitas. Precisamos retomar, nesses dias, fundamento do sacerdócio universal do crente, a verdade de que cada um de nós é um sacerdote! (I Pe. 2:9)
Não existe em nossa igreja um departamento ou um programa de células. O nosso alvo é bem mais ambicioso. Nós queremos restaurar o modelo de Igreja do Novo Testamento, com um novo tipo de membro. Isto, na verdade representa o restabelecimento do paradigma original da igreja, onde o membro não seja mais um mero consumidor espiritual (no shopping da igreja), mas um produtor útil e frutífero, na família de Deus.
Muitos encaram a igreja como uma prestadora de serviços espirituais, onde podem buscar, quando desejarem, uma ministração forte, uma palavra interessante, uma aula apropriada para seus filhos, um ambiente agradável, e, assim por diante. Quando, por algum motivo, os serviços da igreja caem de qualidade, esses consumidores saem à procura de outro shopping espiritual mais eficiente. Membros assim não têm aliança com o Corpo.
Jesus nos chamou para fazer discípulos e não apenas convertidos!Por isso queremos ser um povo com uma vida cristã sólida e prática regular de oração e leitura da Palavra de Deus. Queremos ser um povo cujos lares são aquecidos pelo amor! Queremos ser uma comunidade que serve a Deus de acordo com os seus dons na família, na escola, no trabalho, na igreja... Em outras palavras, nós desejamos ser sacerdotes.
Como é o crente que se torna um sacerdote?
Existe uma diferença entre ter a visão e a visão ter você. Ter uma visão não é algo difícil. Basta mudar nossa terminologia. Todavia, ser conquistado por uma visão é completamente diferente: implica numa mudança de mentalidade.
Quando um crente compreende que ele deve produzir, e não simplesmente consumir, uma verdadeira revolução acontece em sua postura em relação à igreja local.
* Ele não se preocupa mais em saber o que aquela igreja pode lhe oferecer, antes, preocupa-se em saber como ele pode ser útil ali.
* Ele não responsabiliza mais o pastor ou algum líder pelo seu crescimento espiritual, porque sabe que pode e deve ter intimidade com Deus sem intermédio algum.
* Ele encara suas próprias guerras e ainda tem disposição para dar apoio e socorro aos novos convertidos nas deles.
* Se tiver que se mudar para outra cidade, ele sabe que a igreja vai junto com ele. Ele sabe que mesmo distante do prédio, a igreja acontece onde ele está.
Alguém conquistado pela visão está consciente de seus dons e de que deve usá-los para a edificação dos outros membros. Esta visão, apesar de ser revolucionária, não é nova. Desde os tempos da Reforma Protestante já se falava em sacerdócio universal dos crentes. Estamos apenas retornando às origens e procurando viver segundo o padrão de Deus.
CADA CASA UMA EXTENSÃO DA IGREJA
Cada casa uma extensão da igreja
NÓS SOMOS uma igreja em células.
É algo realmente gratificante ver tantas pessoas funcionando como membros do corpo vivo de Cristo. Temos o privilégio de ver uma estrutura funcionando com liberdade, sem temores e permitindo o desenvolvimento o pleno potencial de cada um.
Em nossa igreja já não temos que convencer as pessoas a respeito de células, nós apenas as vivemos em nosso dia a dia. Ainda temos sacerdotes profissionais (Nada é perfeito!), mas cada crente tem funcionado como um sacerdote, um ministro.
Vejamos agora o terceiro aspecto de nossa visão: “cada casa é uma extensão da igreja”.
O prédio onde nos reunimos não é o retrato de nossa igreja. Ela poderia ser vista melhor coo um tabernáculo no deserto, perambulando de um lugar para outro, acontecendo simultaneamente por toda a cidade – nas casas.
Nas células existe uma mobilização natural para ajudar os necessitados. Os mais velhos ensinam os mais novos o que é ser crente. Os pastores treinam os novos líderes para o desempenho do serviço e todo o corpo se mobiliza para a festa da colheita de almas. Afinal cada célula visa se reproduzir e se multiplicar uma vez por ano. Falamos todos uma mesma linguagem e há uma unanimidade santa de propósito entre todos. Em nosso coração sentimos que estamos voltando para os primórdios da igreja do primeiro século.
Nós somos uma igreja em células.
Cada instituição é a cara do prédio onde se reúne, mas a nossa igreja não existe em função do prédio onde nos reunimos. O prédio para nós é apenas um lugar de treinamento de celebração, a vida normal da igreja acontece em outros lugares – no nosso dia-a-dia.
Apesar de, no Velho Testamento, Deus ter habitado num templo. Isto já não acontece no Novo Testamento. Hoje, nós somos o templo de Deus: ele habita em nós. Assim, biblicamente falando, a igreja do Novo Testamento possui um lugar de reunião, mas não possui templos.
Os templos são uma grande contradição do cristianismo. Na verdade eles não existiam até o segundo século. Se você procurasse pela igreja no primeiro século você seria conduzido a um grupo de pessoas se reunindo numa casa. Não havia nenhum prédio especial. No entanto, aquele foi o tempo em que a igreja mais cresceu em número e na vida espiritual.
Na verdade esses são os dois objetivos básicos da igreja: crescimento em número e crescimento em fé e serviço. E olha, os prédios não ajudam em nada a atingirmos isso. Não sou contra o uso de prédios como lugares para a reunião da igreja. Creio que eles têm muitas lições a nos ensinar.
1.Prédios falam de imobilidade
O mover de Deus diz: “ Ide”, mas nossos prédios nos dizem: “fiquem”. O mover de Deus diz para “buscarmos os perdidos”, mas os prédios nos dizem: “deixa que eles venham até nós”.2
Uma igreja em célula é um Tabernáculo ambulante. É sempre móvel, é uma peregrina. Nossa identidade não está associada a prédios. Prédios possuem uma utilidade meramente funcional, e não existencial.
2.Prédios falam de inflexibilidade
Faça você mesmo um teste. Vá a uma igreja onde o prédio seja a própria identidade dessa comunidade. Avalie o grau de abertura para mudanças no meio deles. Pode ter certeza: o resultado é zero. O prédio determina o tipo de igreja que nele se reúne. Tudo fica em função do espaço disponível. Mas a pior coisa a respeito da falta de flexibilidade é a estagnação. Entra ano e sai ano, e aquela igreja é a mesma. Sabe porquê? Porque ela e o prédio se confundem. Os prédios mudam pouco, principalmente quando são caros e magníficos.
Na antigüidade, os judeus guardavam vinho em odres feitos de couro de ovelha. Esses odres precisavam ser untados, freqüentemente, por fora para não se enrijecerem e se partirem perdendo-se todo o vinho. Assim a maior necessidade de um bom odre era ser flexível, isto era necessário por causa da fermentação do vinho que emite gases e força a estrutura do odre.
Essa ilustração é incrivelmente clara. Odres (estruturas), precisam ser flexíveis porque o vinho (Espírito Santo) é algo cheio de vida que produz movimentos e mudanças eventuais de volume. E uma boa maneira de torna-lo flexível é sempre mantê-lo cheio de óleo. Nós somos uma igreja flexível e aberta ao mover de Deus, justamente porque a nossa identidade está nas células.
3.Prédios falam de impessoalidade
Por si só os prédios são coisas impessoais. Apesar de em alguns momentos inspirarem o culto, transpiram formalidade e distanciamento. Podemos estar alegres e descontraídos, mas quando entramos num “templo” somos atingidos por um espírito de impessoalidade. Nos tornamos imediatamente frios, distantes e formais.
Esse tipo de problema não existe quando a vida da igreja extrapola os limites do prédio, através das células. Estas definem tanto a nossa liturgia quanto a nossa maneira de existir como igreja.
4.Prédios nos falam de orgulho
Uma das motivações da construção da Torre de Babel foi a perpetuação do nome dos seus construtores. Eles queriam tornar-se célebres e famosos (Gn. 11:4). Grupos que estão a procura de ostentação e glória se preocupam muito com prédios.
As células por outro lado não ostentam coisa alguma, estão em todo lugar: nas casas, nas escolas, nas empresas. Não temos em que nos gloriar, a não ser no poder de Deus.
Ao usar a analogia do templo, não estou dizendo que somos contra o prédio, creio mesmo que eles são inevitáveis. Mas, cuidado!! Quando a identidade de uma igreja está ligada ao prédio, então a vida já se foi; o que restou foi uma instituição morta.
Acabou-se o tempo em que a vida da igreja era algo que acontecia aos domingos, nos templos. Numa igreja de vencedores ser cristão é um estilo de vida que praticamos em nosso dia-a-dia. A igreja acontece em todo lugar: nas ruas, nos colégios, nos supermercados, nos shoppings e acima de tudo nas casas.
Numa igreja de vencedores não recrutamos membros, fazemos discípulos. Membros de igreja não podem alcançar muito para Deus, discípulos, porém, conquistam nações. Se a visão entrar em você onde você for a igreja irá junto com você. Se você se mudar para outra cidade, a igreja irá junto com você. Você não vai à igreja, mas carrega a igreja aonde você vai.